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Polêmica divide a Igreja Assembleia de Deus em Salvador


A Convenção Estadual (Ceadeb), liderada pelo pastor Valdomiro Pereira, acusa a diretoria da Assembleia de Deus em Salvador de não repassar taxa referente ao fundo convencional.

Uma polêmica com a matriz de Salvador divide a Assembleia de Deus. Ações judiciais, denunciam de má gestão de recursos e desligamento voluntário de pastores da Convenção Estadual das Assembleias de Deus na Bahia (Ceadeb) são ingredientes de uma disputa que aumentou de proporção no último mês.

Segundo o Censo 2000, em Salvador, estão reunidos 68.821 dos 421.049 membros da igreja na Bahia. Na capital, 12 igrejas, distribuídas por vários bairros estão vinculadas à Assembleia de Deus em Salvador ( Adesal), que funciona como matriz. A Ceadeb apura denúncias de irregularidades cometidas pela diretoria da Adesal, dentre as quais a de não repassar a taxa referente ao fundo convencional, que é 5% do total arrecadado pela igreja.

O fundo é usado para amparar pastores que já encerram as atividades por idade, problemas de saúde ou os seus familiares em caso de morte. De acordo com dados da Ceadeb (foto), que administra o fundo, a dívida da Adesal gira em torno de R$ 1,8 milhão.

“A base do desentendimento não é a questão financeira. Uma das nossas funções como órgão regulador é apurar denúncias sobre questões administrativas. Além disso não temos problema com a igreja de Salvador, que são os seus membros, mas estamos intervindo na direção”, explica o pastor Arilson Pereira dos Santos, 36 anos, que ocupa o cargo de gestor na direção da Ceadeb.

Segundo Santos, a Ceadeb recebeu denúncias de má gestão de recursos da igreja de Salvador, como a existência de processos por débitos com o INSS que chegou a motivar uma ação por apropriação indébita contra o pastor Israel Ferreira, que preside a Adesal há 13 anos.

“Chegamos a propor vários acordos. Embora os responsáveis pela Adesal tenham assinado o acordo, ele acabou por não ser cumprido”, disse Santos. O acordo a que o gestor da Ceadeb se refere foi assinado em dezembro do ano passado pela Adesal e a Ceadeb inclusive com o compromisso de retirada das ações judiciais movidas por ambas as partes.

Uma das providências da Ceadeb para resolver o problema, segundo Santos, foi transferir Ferreira para Feira de Santana. Para o seu lugar foi nomeado o pastor Eliúde de Amaral Soares.

Ferreira e mais 81 dos 149 pastores da Assembleia de Deus na capital baiana pediram o desligamento da convenção. A Ceadeb, por seu lado, conseguiu uma liminar da Justiça, expedida no último dia 5, tornando nula a mudança no estatuto da Adesal e a sua vinculação à convenção de outro Estado.

O jornal A TARDE tentou durante a tarde desta quarta-feira, 28, ouvir o pastor Israel Ferreira. Por telefone, um pastor da assessoria da direção da Adesal informou que ele estava pregando e recomendou o retorno da ligação. Na terceira tentativa de contato feita pela reportagem, deu o número do celular do pastor Israel, mas o aparelho estava desligado. A polêmica virou tema em blogs como o assinado pelo pastor Raimundo Campos e o que é produzido pelo pastor Dário Gomes.

Fonte: Floriano Gospel
 

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